Areias do Tempo (2020)
Em Areias do Tempo, parto de fotografias digitais fotografadas por mim, das figueiras centenárias do Laranjal, no sul do Brasil, lugar de onde nasci e cresci. Esse encontro com as figueiras fez vir à tona memórias relacionadas as pessoas que perdi ao longo de minha vida. Afetada por essas memórias, crio outros diálogos com a fotografia, por meio do contato com a materialidade e experimentações com o processo histórico de fotografia do século XIX, chamado cianótipo, fazendo emergir novas imagens visuais.
Começo assim, a experimentar com pedaços de imagens capturadas de figueiras diversas, para montar um outro “corpo-árvore-figueira”, onde as marcas e as fissuras de todo o processo estão ali, inscritas na superfície da imagem. Uma figueira de memórias intemporais.